Ponta Delgada , Açores
Moradia Lagoa

A solução arquitetónica proposta visa a construção de uma moradia unifamiliar, de tipologia T3, destinada à habitação permanente, desenvolvida em apenas um piso, com uma área ajardinada e um espaço de quinta na sua envolvente assim como, a construção de um anexo de apoio agrícola.

O estudo foi desenvolvido segundo uma filosofia arquitetónica contemporânea, assente num programa funcional que pretende criar as condições necessárias a proporcionar uma vivência ajustada às exigências quotidianas. De acordo com a metodologia de trabalho, procedeu-se a uma análise prévia de reconhecimento das características gerais do terreno a intervir e da sua envolvente, no sentido de propomos uma solução adequada às potencialidades do mesmo.

O terreno é caracterizado por uma pendente levemente inclinada e regular no sentido do quadrante poente, onde pautam inúmeros aglomerados de rocha vulcânica, que caraterizam fortemente o lugar onde se insere a intervenção. Pretendemos também dar ênfase aos muros perimetrais do terreno, sinuosos e com forte contraste entre o cinzento e o negro da rocha vulcânica.

Foi adotada uma conceção volumétrica desmaterializada, composta por um conjunto de volumes puros e muros de pedra seca interligados por um plano horizontal. Através da sua linearidade e pureza pretendeu-se intervir no território enaltecendo as suas caraterísticas, nomeadamente a sua irregularidade morfológica pautada pelos afloramentos rochosos. A proposta segue um eixo longitudinal paralelo ao comprimento da propriedade apenas intersectada por uma zona de estar exterior com piscina, minimizando o impacto volumétrico da construção.

Pretendeu-se materializar uma construção que se relacionasse com a envolvente paisagística, numa perspetiva de integração de conjunto, reforçando a ideia de continuidade entre o espaço interior e a área verde exterior envolvente. Tirando partido da exposição solar, a implantação da moradia proporciona uma relação interior-exterior que permite uma boa iluminação natural dos espaços interiores, nomeadamente nas zonas de convívio social e tira partido das vistas singulares sobre o terreno envolvente.

Relativamente aos arranjos exteriores optou-se pela criação de percursos com recurso a gravilhas vulcânicas, mantendo as espécies arbóreas existentes.

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